EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - Escola Bíblico-catequético de Formação para Catequistas Iniciantes Bom Pastor 2022




 



👇TEXTOS 👇

TEXTO 1:  A identidade e a vocação do catequista (DpC nn. 110-113)

110.                 “Também na edificação do corpo de Cristo há diversidade de membros e de funções. Um só é o Espírito que, para a utilidade de Igreja, distribui seus vários dons segundo suas riquezas e necessidades dos ministérios” (LG, n. 7). Em virtude do Batismo e da Confirmação, os cristãos são incorporados a Cristo e participam de seu múnus sacerdotal, profético e régio (LG, n. 31; AA, n. 258); são testemunhas do anúncio do Evangelho com a palavra e com o exemplo da vida cristã; mas alguns “podem também ser chamados a cooperar com o Bispo e os presbíteros no exercício do ministério da Palavra” (CIC, cân. 759;59 CCEO, cân. 624, § 3). No conjunto dos ministérios e serviços, com os quais a Igreja cumpre a sua missão evangelizadora, o “ministério da catequese” (CT, n. 13) ocupa um lugar significativo, indispensável para o crescimento da fé. Esse ministério introduz à fé e, juntamente com o ministério litúrgico, gera os filhos de Deus no seio da Igreja. A vocação específica do catequista, portanto, tem sua raiz na vocação comum do povo de Deus, chamado a servir o desígnio salvífico de Deus em favor da humanidade.

111.                 Toda a comunidade cristã é responsável pelo ministério da catequese, mas cada um conforme a sua condição particular na Igreja: ministros ordenados, pessoas consagradas, fiéis leigos. “Através deles, na diferença das funções de cada um, o ministério catequético oferece, de modo completo, a Palavra e o testemunho da realidade eclesial. Se faltasse qualquer uma dessas formas de presença, a catequese perderia parte da própria riqueza e do próprio significado” (DGC, n. 219). O catequista pertence a uma comunidade cristã e dela é expressão. Seu serviço é vivido dentro de uma comunidade, que é o primeiro sujeito de acompanhamento na fé.

112.                 O catequista é um cristão que recebe o chamado particular de Deus que, acolhido na fé, o capacita ao serviço da transmissão da fé e à missão de iniciar à vida cristã. As causas imediatas para que um catequista seja chamado a servir a Palavra de Deus são muito variadas, mas são todas mediações das quais Deus, por meio da Igreja, se serve para chamar a seu serviço. Por esse chamado, o catequista é feito partícipe da missão de Jesus de introduzir os discípulos em sua relação filial com o Pai. O verdadeiro protagonista, porém, de toda autêntica catequese é o Espírito Santo que, mediante uma profunda união que o catequista nutre com Jesus Cristo, faz eficazes os esforços humanos na atividade catequética. Essa atividade se realiza no seio da Igreja: o catequista é testemunha de sua Tradição viva e mediador que facilita a inserção dos novos discípulos de Cristo em seu Corpo eclesial.

113.                 Em virtude da fé e da Unção batismal, na colaboração com o Magistério de Cristo e como servo da ação do Espírito Santo, o catequista é:

a. testemunha da fé e guardião da memória de Deus; experimentando a bondade e a verdade do Evangelho em seu encontro com a pessoa de Jesus, o catequista custodia, alimenta e testemunha a vida nova que dele vem e se torna sinal para os outros. A fé contém a memória da história de Deus com as gerações humanas. Guardar essa memória, despertá-la nos outros e colocá-la a serviço do anúncio é a vocação específica do catequista. O testemunho da vida é necessário para a credibilidade da missão. Reconhecendo suas fragilidades diante da misericórdia de Deus, o catequista não deixa de ser o sinal de esperança para seus irmãos e irmãs;60

b. mestre e mistagogo, que introduz no mistério de Deus, revelado na Páscoa de Cristo; enquanto ícone de Jesus Mestre, o catequista tem a dupla missão de transmitir o conteúdo da fé e de conduzir ao mistério da mesma fé. O catequista é chamado a se abrir à verdade sobre a pessoa humana e sobre a sua vocação última, comunicando o conhecimento de Cristo e, ao mesmo tempo, introduzindo às várias dimensões da vida cristã, revelando os mistérios da salvação contidos no depósito da fé e atualizados na liturgia da Igreja;

c. acompanhador e educador daqueles que lhes foram confiados pela Igreja; o catequista é um especialista na arte do acompanhamento (EG, n. 169-173),61 tem competências educacionais, sabe ouvir e entrar na dinâmica do amadurecimento humano, torna-se companheiro de viagem com paciência e senso de gradualidade, na docilidade à ação do Espírito, em um processo de formação, ajudando os irmãos a amadurecer na vida cristã e a caminhar em direção a Deus. O catequista, especialista em humanidade, conhece as alegrias e as esperanças de cada pessoa, suas tristezas e angústias (GS, n. 1) e sabe colocá-las em relação com o Evangelho de Jesus.


 TEXTO 2: Iniciação à catequista:

itinerário para formar catequistas discípulos missionários

Na dimensão do ser, o catequista é formado para se tornar testemunha da fé e guardião da memória de Deus. A formação ajuda o catequista a reconsiderar sua própria ação catequética como uma oportunidade de crescimento humano e cristão. Tendo como base uma maturidade humana inicial, o catequista é chamado a crescer constantemente em um equilíbrio afetivo, senso crítico, unidade e liberdade interior, vivendo relações que sustentam e enriquecem a fé. “A verdadeira formação alimenta, sobretudo, a espiritualidade do próprio catequista, de maneira que a sua ação nasça, na verdade, do testemunho de sua própria vida” (DGC, n. 239).

 Ser catequista

O chamado ao ministério catequético é, primordialmente, um chamado a ser discípulo missionário. Esse é o pressuposto essencial para mergulhar no itinerário formativo de catequistas. O grande desafio não consiste na formação intelectual ou prática do catequista, embora isso não seja ignorado, mas moldar o homem ou mulher ao próprio Cristo, um discípulo e formá-lo não como um instrutor, professor ou doutrinador, mas missionário.

 O grande desafio assumido pela Igreja na América Latina e Caribe, a partir do Documento de Aparecida (maio, 2007), é propor uma profunda revisão no modo de evangelizar. Aqui encontramos o fundamento do ser catequista hoje. Para isso, a formação dos agentes evangelizadores se torna fundamental. O Capítulo IV do Documento de Aparecida, nos apresenta   o caminho de formação dos discípulos missionários.

Uma espiritualidade trinitária do encontro com Jesus Cristo

O ponto de partida para a iniciação ao ministério catequético é a espiritualidade. Espiritualidade exclusiva do catequista? Não. Espiritualidade do Cristão. Antes de Ser missionário é preciso ser discípulo. Espiritualidade baseada na experiência pessoal do encontro com Jesus Cristo (DA 240). O encontro leva um novo estilo de vida, ou seja, torna-se discípulo: “não de começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva” (DA 243; cf DCE 12).

Mas onde fazer esse encontro com Jesus Cristo? É na Igreja (DA nn. 246 – 257), e a partir de sua constituição e missão que respondemos com segurança esta pergunta:

1.      A leitura e meditação da Sagrada Escritura (DA 247), sobretudo pela lectio divina (leitura orante) (DA 249);

2.      A Sagrada Liturgia, celebração do Mistério pascal (DA 250), “a Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo” (DA 251);

3.      O Sacramento da Reconciliação (DA 254);

4.      A oração pessoal e comunitária (DA 255);

5.      A comunidade de fé (DA 256);

6.      Os pobres, aflitos e enfermos (DA 257, cf Mt 25,37-40);

Contudo, a formação do discípulo missionário não se dá a partir apenas de um encontro estanque, mas dentro de um processo que envolve alguns aspectos essenciais, ligados e interdependentes entre si (DA 278): encontro com Jesus Cristo, a conversão, o discipulado, a comunhão ou vida fraterna e; a missão. Parte-se do querigma que gera metanoia, deixando o egoísmo e vivendo o ágape para ser testemunha de Cristo Jesus.

Deve-se considerar os critérios gerais do processo de formação dos discípulos missionários. Formação integral, querigmática e permanente, atenta as várias dimensões: humano e comunitária; espiritual; intelectual e pastoral missionária. Uma formação que respeite os ritmos dos processos de cada pessoa ou comunidade, com seus estágios graduais e variados em metodologia e singularidade no modo ser. Também importante o acompanhamento daqueles que estão no processo de conversão e foram acolhidos na comunidade. Por fim, a importância de formar para espiritualidade missionária (DA nn. 279 – 285).

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