TRABALHO IV MÓDULO - • Panorama Bíblico (visão geral da história da salvação – AT e NT)• Fé Professada (CREIO)• Fé Celebrada (Liturgia e sacramentos)

 TRABALHO IV MÓDULO 

 • Panorama Bíblico (visão geral da história da salvação – AT e NT)

Fé Professada (CREIO)• Fé Celebrada (Liturgia e sacramentos)


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TEXTOS
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TEXTO 1

FÉ CELEBRADA

(Fonte: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários. Edições CNBB, 2017, nn.42-50; 123-133)

42. A partir do segundo século, a Igreja aos poucos, estruturou um processo para a iniciação de novos membros a uma nova identidade, como cristãos inseridos na comunidade eclesial, prontos a celebrar a fé e assumir a missão. Tal processo de iniciação, mais tarde, foi denominado Catecumenato. Sua finalidade era possibilitar, por meio de um itinerário específico de iniciação, a preparação, prioritariamente de pessoas adultas que tinham manifestado o desejo de assumir “fé da Igreja”. Elas aceitavam entrar e prosseguir por um caminho bem articulado de aperfeiçoamento do propósito de conversão celebrado na recepção dos “sacramentos da iniciação cristã” (banho batismal, unção pós-batismal e primeira participação na Ceia do Senhor). Era um caminho que acolhia a salvação de Deus e se expressava na vida da comunidade. Para isso, ao longo do itinerário catecumenal, havia uma série de ensinamentos, um conjunto de práticas litúrgicas (imposição das mãos, exorcismos, entregas simbólicas etc.) e, de modo especial, uma séria demonstração de vida cristã, através da participação na vida da comunidade. Essa instituição eclesial de tipo pastoral-litúrgico, foi se aperfeiçoando, até meados do século IV. Foi um processo que entrou em decadência, a partir do século V, até desaparecer por completo, entre os séculos VI e VII.

 43. O declínio do processo catecumenal aconteceu no contexto do que se chamou cristandade, quando a maioria das pessoas se tornou cristã. Gradativamente, a transmissão da fé cristã acontecia como herança recebida. As pessoas nasciam em ambientes cristão e iam adotando os comportamentos e as práticas do meio religioso ao qual pertenciam. Era um cristianismo herdado, transmitido como tradição familiar e social.

 44. Aos poucos, na cristandade medieval os sacramentos da iniciação cristã eram celebrados sem muita relação entre eles. O batismo de crianças se tornou prática comum, desligando-se de sua relação com a Crisma e a Eucaristia. A fé encontrava expressão nas devoluções aos Santos, nas peregrinações, nas penitências. Grande importância passaram a ter as orações decoradas. A bíblia era proclamada nos sermões, encenada ao longo das procissões e festas e representada na pintura, na escultura, no teatro, nos cantos, e nas narrativas populares era uma catequese da piedade popular.

45. A Igreja, após o Concílio de Trento (1545-1563), elaborou um Catecismo, a ser utilizado pelos párocos, centrado no conhecimento da doutrina da fé, na instrução moral, na celebração dos sacramentos e nas orações cristãs. Essa estrutura deu origem a um processo no qual o Catecismo passou a ser a referência oficial de transmissão da fé. Este foi um modelo de caráter mais doutrinal. Uma parte da população continuou a alimentar sua fé, por meio da piedade popular.

 46. O estilo pastoral da cristandade influenciou a formação de muitas pessoas. Respondeu aso desafios de seu tempo, em especial, dedicando-se a dimensão doutrinal da catequese. Mas hoje, o mundo tornou-se diferente, exigindo novos processos para a transmissão da fé e para o discipulado missionário.

 47. O Concílio Vaticano II (1962-1965) nos convidou a procurar novos caminhos para a transmissão da fé, em nosso tempo. Ele deu um impulso significativo e novo à ação pastoral, estimulando-a a ler os sinais dos tempos e escutar o Espírito que está em ação no mundo. O Vaticano II recomendou oficialmente a restauração adaptada do Catecumenato e apresentou os seus traços característicos. Além disso, prescreve a elaboração de um diretório de formação catequética.

Restaure-se o catecumenado dos adultos, com vários graus, a praticar segundo o critério do Ordinário do lugar, de modo que se possa dar a conveniente instrução a que se destina o catecumenado e santificar este tempo por meio de ritos sagrados que se hão-de celebrar em ocasiões sucessivas.”. (SC n. 64)

48. Impulsionada pelo Concílio, a Igreja avançou e pode contar hoje com um acervo documental, nesse campo: o Diretório Catequético Geral (1971), o Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (1973), a Catechese Tradendae (1979), o Catecismo da Igreja Católica (1992), o Diretório Geral para a Catequese (1997) e o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (2005). Nesse processo de renovação conciliar, diversos Sínodos versaram sobre a temas fundamentais da como: a evangelização, a catequese, a família, a Palavra de Deus, a Eucaristia, a vocação e missão dos leigos e leigas. Em tudo isso, a Igreja tem levado em consideração novas circunstâncias e necessidades, para poder promover de fato o encontro pessoal com Jesus Cristo e o acompanhamento formativo de seus novos discípulos missionários.

49. A Igreja no Brasil acolheu estas orientações especialmente nos documentos: Catequese Renovada (1983) e o Diretório Nacional de Catequese (2006). Outros testos – Iniciação à Vida Cristã (estudo da CNBB 97, 2009), Comunidade de Comunidades, uma nova paróquia (Documento da CNBB 100,2014) e o Itinerário catequético (2014) – também têm auxiliado a assumir a inspiração catecumenal como eixo condutor de toda a ação evangelizadora, pastoral, litúrgica e missionária de nossas dioceses, paróquias e comunidades eclesiais. Merecem destaque dois documentos de 1974: Pastoral da Eucaristia e Pastoral dos Sacramentos da Iniciação Cristã. Juntamente com a preocupação pastoral daquela época, já era apontada a necessária promoção da vivência do que os sacramentos significam. Desejava-se, então, uma autêntica iniciação, isto é, o encontro com o Senhor, na vida em sociedade, na fraternidade cristã, na participação da liturgia e na missão eclesial.

50. Este desafio deu origem a uma série de iniciativas renovadoras em muitas dioceses, paróquias e comunidades, por parte de leigas e leigos, consagrados e ministros ordenados, compromissados com a renovação pastoral da iniciação cristã.  Foram muitos os que se empenharam em novas experiências evangelizadoras, catequéticas, litúrgicas, bíblicas, missionárias e formativas. Isso tudo permitiu, desde 2011, assumir a urgência da Iniciação à Vida Cristã em nossas Diretrizes de Ação Evangelizadora no Brasil 2011-2015, como tarefa de toda comunidade eclesial e não desta ou daquela pastoral. É a comunidade inteira que precisa se responsabilizar, transformando-se em “casa da Iniciação à Vida Cristã”.

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

123. Há um nexo profundo entre a realidade dos sacramentos da iniciação e o itinerário catecumenal que a eles conduz. Em determinados períodos da história da Igreja foram até chamados de conjuntamente de “o sacramento da iniciação”, para expressar sua profunda interação. Isso é importante para que superemos a atual fragmentação existente entre os três sacramentos da Iniciação à vida cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia.

124. Os processos iniciáticos que culminam nos sacramentos da Iniciação à Vida Cristã, introduzem o crente no mistério de Cristo e da Igreja. Neste sentido, a expressão “Iniciação à Vida Cristã”, se refere tanto ao caminho, quanto aos próprios sacramentos que marcam a iniciação e a vida nova que deles nasce.

125. Sendo os sacramentos atos próprios de Cristo na ação ritual da Igreja, é Ele quem nos inicia, nos torna cristãos, nos introduz no relacionamento com a Trindade e com o corpo eclesial. Ele conduz cada neófito ao encontro profundo com o mistério pascal e, com isso, ao encontro de sua própria realização como ser humano.

126. Urge recuperara unidade pastoral entre os três sacramentos da Iniciação à Vida Cristã. São integrados no mesmo caminho de fé, como experiência vital e de crescimento no sio de uma comunidade eclesial. São etapas de um único processo de mergulho na vida iluminada por Cristo e testemunhada na Igreja.

127. Tudo isso implica o compromisso de favorecer, na ação pastoral, uma compreensão mais unitária do percurso de Iniciação à Vida Cristã. Daí, o insistente pedido do XIII Sínodo dos Bispo (2012) às dioceses e conferências episcopais, recordando a orientação de Bento XVI, na Sacromentum caritatis, n. 18: “sejam revistas as próprias práticas sobre a iniciação cristã: em concreto, é necessário verificar qual seja a prática que melhor pode, efetivamente, ajudar os fiéis a colocarem no centro o sacramento da Eucaristia, como realidade para a qual tende toda iniciação”. Cabe ressaltar, porém, que a unidade dos três sacramentos da iniciação não significa, necessariamente, que eles sejam celebrados no mesmo momento. Pode haver períodos de tempo entre eles, sem que a unidade seja quebrada.

128. Em nossa prática pastoral, por motivos históricos e culturais, os três sacramentos da Iniciação à Vida Cristã estão, em geral, desconectados. Entretanto, fiel à Tradição, a Igreja permanece convicta de que esses formam uma unidade. Assim afirma o RICA: “de tal modo se completam os três sacramentos da iniciação à cristã que proporcionam aos fiéis atingirem a plenitude de sua estatura, no exercício de sua missão de povo cristão no mundo e na Igreja (AG, n. 14)”

 129. Origem dessa relação, entre os sacramentos da Iniciação à Vida Cristã está fundada nas diversas manifestações de Cristo e do Espírito, na única economia divina, pois tal conexão exprime a unidade do mistério pascal cumprida pela missão do Filho e consumada pela efusão do Espírito Santo. A identidade pascal estabelece a relação entre eles e a especificidade de cada um.

 130. O Batismo é a primeira entrada para a participação no mistério do Senhor. Marca o início de um processo de identificação com Cristo. A Crisma complementa a configuração do batizado a Cristo e encaminha-o para a participação na Eucaristia. Assim sublinha o Catecismo da Igreja Católica: “os fiéis, de fato, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia”.

131. Pelo Batismo nos tornamos filhos e pela Crisma, selados no mesmo Espírito, somos chamados a viver mais intensamente a intimidade com Cristo, amadurecendo a fé. A crisma, pelos seus efeitos, nos fortalece na vivência da filiação divina, que nos faz dizer “Abba, Pai” (Rm 8,15); une-nos mais solidamente a Cristo; aumenta em nós os dos no Espírito Santo. Por isso, a Crisma não é somente uma simples confirmação dos compromissos assumidos com o Batismo. Tem a finalidade de conferir o Espírito Santo e simbolizar a participação do fiel em Pentecostes, marcando-o como enviado na missão que Cristo deu à sua Igreja. O Prefácio da Crisma proclama que, no Batismo, nos é concedido o dom da fé que nos faz participantes do mistério pascal de Cristo. Pela Crisma, somos configurados com o selo do Espírito Santo, para celebrar o milagre de Pentecostes.

132. Batismo e Crisma nos direcionam para a Eucaristia. Iniciados nos mistérios da Páscoa, podemos sentar à mesa da Eucaristia. Nela se atualiza a expressão máxima o amor trinitário, e nos tornamos portadores da vida eterna e participantes do grande sacrifício universal da Cruz. Assim, a Eucaristia é o Sacramento da plenitude, pois realiza plenamente o que os dois outros sacramentos anunciam.

 133. Do ponto de vista dos três sacramentos da iniciação, a Eucaristia é uma culminância, um sinal de plena e definitiva inserção na Igreja. Participando da mesa eucarística, o crente se alimenta e se sente cada vez mais membro da Igreja. Por ser a Eucaristia o mistério central da vida cristã, é necessário desenvolver, nos iniciados, sentimentos e atitudes que os levem a reconhecer o Senhor no pão partido.

 

TEXTO 2

(Fonte: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/index-prima-parte_po.html )


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CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
PRIMEIRA PARTE - A PROFISSÃO DA FÉ
 
PRIMEIRA SECÇÃO  «EU CREIO»  «NÓS CREMOS»
I. O desejo de Deus
II. Os caminhos de acesso ao conhecimento de Deus
III. O conhecimento de Deus segundo a Igreja
IV. Como falar de Deus?

I. Deus revela o seu "desígnio benevolente"
II. As etapas da Revelação
III. Jesus Cristo – "Mediador e plenitude de toda a Revelação"
I. A Tradição apostólica
II. A relação entre Tradição e a Sagrada Escritura
III. A interpretação da herança da fé
I. Cristo – Palavra única da Escritura santa
II. Inspiração e verdade da Sagrada Escritura
III. O Espírito Santo, intérprete da Escritura
IV. O Cânon das Escrituras
V. A Sagrada Escritura na vida da Igreja
I. A «obediência da fé»
II. «Eu sei em quem pus a minha fé?» (2 Tm 1, 12)
III. As características da fé
I. «Olhai, Senhor, para a fé da vossa Igreja»
II. A linguagem da fé
III. Uma só fé

PARÁGRAFO 1 - Creio em Deus (§199)
PARÁGRAFO 2 - O Pai (§232)
PARÁGRAFO 3 - O Todo-Poderoso (§262)
PARÁGRAFO 4 - O Criador (§279)
PARÁGRAFO 5 - O céu e a terra (§325)
PARÁGRAFO 6 - O homem (§355)
PARÁGRAFO 7 - A queda (§385)
I. Jesus
II. Cristo
III. Filho Único de Deus
IV. Senhor
PARÁGRAFO 1 - O Filho de Deus fez-Se homem
PARÁGRAFO 2 - «... Concebido pelo Espírito Santo, nascido da Virgem Maria»
PARÁGRAFO 3 - Os Mistérios da vida de Cristo
PARÁGRAFO 1 - Jesus e Israel
PARÁGRAFO 2 - Jesus morreu crucificado
PARÁGRAFO 3 - Jesus Cristo foi sepultado
PARÁGRAFO 1 - Cristo desceu à mansão dos mortos
PARÁGRAFO 2 - Ao terceiro dia ressuscitou dos mortos
I. A missão conjunta do Filho e do Espírito
II. O nome, as designações e os símbolos do Espírito Santo
III. O Espírito e a Palavra de Deus no tempo das promessas
IV. O Espírito de Cristo na plenitude do tempo
V. O Espírito e a Igreja nos últimos tempos
PARÁGRAFO 1 - A Igreja no Desígnio de Deus (§751)
PARÁGRAFO 2 - A Igreja – Povo de Deus, Corpo de Cristo, Templo do Espírito Santo (§781)
PARÁGRAFO 3 - A Igreja é una, santa, católica e apostólica (§811)
PARÁGRAFO 4 - Os fiéis de Cristo – Hierarquia, leigos, Vida consagrada (§871)
PARÁGRAFO 5 - A comunhão dos santos (§946)
PARÁGRAFO 6 - Maria – Mãe de Cristo, Mãe da Igreja (§963)
I. Um só Baptismo para a remissão dos pecados
II. O poder das chaves
I. A ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição
II. Morrer em Cristo Jesus
I. O juízo particular
II. O Céu
III. A purificação final ou Purgatório
IV. O inferno
V. O juízo final
VI. A esperança dos novos céus e da nova terra
«Amen»

 






Comentários

  1. Cada vez mais vemos a igreja assumindo o papel que lhe foi incumbido desde o inicio, uma igreja acolhedora, mãe, inclusiva, igreja que vai onde ninguém quer ir, ao encontro dos necessitados e excluídos; DEUS enviou seu filho ao mundo para remissão dos pecadores, para inclusão dos excluídos e marginalizados. Cristo não veio para condenar a corte mas para conscientiza-los de que um reino só se torna reino pela existência de seu povo. E só um é o reino de DEUS, não possui províncias, nem governos para ser disputado, uma só nação unida pela CRUZ que tornou-se o madeiro da salvação. Precisamos ministros ordenados que se faça povo, que opte por estar no meio do povo, que seja visto na mesa do rico, mas que não se envergonhe de sentar-se na mesa com os desprovidos de fartura, e muitas vezes do pão de cada dia. É comum vermos o clero comemorando em meio a famílias abastadas, mas incomum velo em meio aos necessitados, abraçado ao indigente, de mãos dadas aos que precisam de pastoreio, alguém que lhes traga esperança que lhes faça se sentir humanos gente, DEUS criou o homem a sua semelhança, mas em CRISTO, DEUS deu lhe um rosto uma identidade, o rosto invisível do CRISTO que sofre. Eu vejo uma igreja com doutores, mestres da lei, graduados e pós graduados, mas na maioria das vezes sem conversão.

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  2. Excelente material, muito Obrigada para toda a equipe que organizou.
    Abraços Fraternais...
    da aluna Maria Aparecida Baptista Ferrarezi - Diocese de Bauru.

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