TRABALHO FINAL DE RECUPERAÇÃO DE APROVEITAMENTO - envio até 19h do dia 13.11.2020
TRABALHO FINAL DE RECUPERAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
A FORMAÇÃO DOS CATEQUISTAS
Pontifício Conselho para a Promoção da Nova
Evangelização, Diretório para a Catequese. Brasília: Edições CNBB, 2020, nn.
130-150.
1. Natureza e finalidade da formação de catequistas (n. 130-132)
130.
Ao longo dos séculos, a Igreja nunca deixou
de priorizar a formação dos catequistas. No início do cristianismo, a formação,
vivida de forma experiencial, girava em torno do encontro vital com Jesus
Cristo, anunciado com autenticidade e testemunhado com a vida. O caráter do
testemunho era a marca determinante de todo o processo formativo, que
progressivamente introduzia no mistério da fé da Igreja. Especialmente em um
período como o atual, é importante considerar seriamente a velocidade das
mudanças sociais e a pluralidade cultural com que se apresentam novos desafios.
Tudo isso evidencia que a formação dos catequistas exige uma atenção
particular, pois a qualidade das propostas pastorais está necessariamente
ligada às pessoas que as colocam em prática. Diante da complexidade e das
exigências do tempo em que vivemos, é indispensável que as Igrejas particulares
dediquem energias e recursos adequados à formação dos catequistas.
131.
A
formação é um processo permanente que, sob a guia do Espírito e no seio
vivo da comunidade cristã, ajuda os batizados a tomar forma, ou seja, a revelar sua identidade mais profunda que é
a de filhos de Deus em relação de profunda comunhão com os irmãos. O trabalho
formativo age como uma transformação
da pessoa, que interioriza existencialmente a mensagem do Evangelho, de modo
que ele seja luz e direção para a sua vida e missão eclesial. Trata-se de um
processo que, ocorrendo no interior do catequista, toca profundamente sua
liberdade e não pode ser reduzido apenas à instrução, exortação moral ou
atualização de técnicas pastorais. A formação, que também se vale de
competências humanas, é primeiramente uma sábia obra de abertura ao Espírito de
Deus que, graças à disponibilidade dos sujeitos e ao cuidado materno da
comunidade, conforma o batizado a
Jesus Cristo, plasmando em seus corações seu rosto de Filho (Gl 4,19), enviado
pelo Pai para anunciar aos pobres a mensagem da salvação (Lc 4,18).
132.
A formação tem por finalidade, antes de
tudo, conscientizar os catequistas de que são, como batizados, verdadeiros discípulos missionários, ou seja,
sujeitos ativos da evangelização e, com base nisso, habilitados pela Igreja a comunicar o Evangelho e acompanhar e educar na fé. A formação de catequistas ajuda, portanto, a
desenvolver as competências necessárias para a comunicação da fé e para o
acompanhamento do crescimento dos irmãos e irmãs. A finalidade cristocêntrica
da catequese molda toda a formação dos catequistas e a eles pede que sejam
capazes de animar o percurso da catequese, de modo a trazer à tona a
centralidade de Jesus Cristo na história da salvação.
2. A comunidade cristã, lugar privilegiado de formação (n. 133-134)
133.
“A comunidade cristã é a origem, o lugar e a
meta da catequese. É sempre da comunidade cristã que nasce o anúncio do
Evangelho, que convida os homens e as mulheres à conversão e a seguirem Cristo.
E é essa mesma comunidade, que acolhe aqueles que desejam conhecer o Senhor e
empenhar-se em uma nova vida” (DGC, n. 254). Ela, útero no qual para alguns de
seus membros nasce a vocação específica ao serviço da catequese, é uma
comunidade real, rica em dons e oportunidades, mas não ausente de limites e
debilidades. Nessa realidade comunitária, na qual se faz experiência concreta
da misericórdia de Deus, é possível o exercício do acolhimento mútuo e do
perdão. A comunidade, que experimenta a força da fé e sabe viver e testemunhar
o amor, anuncia e educa de modo completamente natural. O lugar por excelência
da formação do catequista é, portanto, a comunidade cristã, na variedade de
seus carismas e ministérios, como ambiente ordinário no qual se aprende e se
vive a fé.
134.
No âmbito da comunidade, tem um papel
particular o grupo dos catequistas:
nele, junto com os presbíteros, condivide-se tanto o caminho da fé quanto a
experiência pastoral, amadurece-se a identidade de catequista e se toma cada
vez mais consciência do projeto de evangelização. A escuta das exigências das
pessoas, o discernimento pastoral, a preparação concreta, a realização e a
avaliação dos itinerários de fé se apresentam como os momentos de um
laboratório formativo permanente para cada catequista. O grupo dos catequistas
é o contexto real em que cada um pode ser continuamente evangelizado e
permanece disponível para novas abordagens formativas.
3. Critérios para a formação (n. 135)
135. Na
formação dos catequistas existem alguns critérios que servem de inspiração para
projetos formativos. Uma vez que é necessário formar catequistas para a
evangelização no mundo atual, será necessário harmonizar, com sabedoria, a
devida atenção para com as pessoas e as verdades da fé, como também para com o
crescimento pessoal e a dimensão comunitária, o cuidado com as dinâmicas
espirituais e a dedicação ao compromisso com o bem comum. Mais especificamente,
consideram-se alguns critérios:
a. Espiritualidade missionária e evangelizadora:
ao longo de todo o processo formativo é vital que se respire a centralidade da
experiência espiritual em perspectiva missionária. A fim de evitar o risco de
cair em um cuidado pastoral estéril, o catequista seja formado como discípulo
missionário, capaz de partir sempre de sua própria experiência de Deus, que o
envia a unir-se ao caminho dos irmãos. Essa espiritualidade missionária,
entendida como encontro com os outros, compromisso com o mundo e paixão pela
evangelização, alimenta a vida do catequista e salva do individualismo, do
intimismo, da crise de identidade e do apagamento do fervor.
b. Catequese como formação integral:
trata-se de “formar catequistas para que sejam capazes de transmitir não apenas
um ensinamento, mas também uma formação cristã integral, desenvolvendo ‘tarefas
de iniciação, de educação e de ensinamento’. São necessários catequistas que
sejam, ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas” (DGC, n. 237). Por
isso, também a formação dos catequistas saiba se inspirar na experiência catecumenal
que, entre outros elementos, se caracteriza justamente por essa visão geral da
vida cristã.
c. Estilo de acompanhamento: a Igreja sente
o dever de formar seus catequistas na arte do acompanhamento pessoal, tanto
propondo a eles a experiência de ser acompanhados
para crescer no discipulado quanto os capacitando e os enviando para acompanhar os irmãos. Esse estilo requer
uma humilde disponibilidade de se deixar tocar pelas interrogações e desafios
das situações da vida, com um olhar cheio de compaixão, mas também respeitoso
com a liberdade dos outros. A novidade à qual o catequista é chamado se
encontra na proximidade, no acolhimento incondicional e na gratuidade com que
ele se faz disponível a caminhar junto com os outros para escutá-los e para
explicar as Escrituras (Lc 24,13-35; At 8,26-39), sem previamente estabelecer
um percurso, sem pretender ver os frutos e sem os reter para si.
d. Coerência entre os estilos formativos:
“é preciso sublinhar a necessidade da coerência entre a pedagogia global da
formação catequética e a pedagogia própria de um processo catequético. Seria
muito difícil para o catequista improvisar, na sua ação, um estilo e uma
sensibilidade, para os quais não tivesse sido iniciado durante a sua própria
formação”
(DGC, n. 237).73
e. Perspectiva da docibilitas e da autoafirmação: as ciências da formação indicam algumas
atitudes como condição para um frutuoso percurso formativo. Primeiramente, é
necessário que o catequista amadureça a docibilitas,
isto é, a disposição de se deixar tocar pela graça, pela vida, pelas pessoas em
uma atitude serena e positiva em relação à realidade para aprender a aprender. Além disso, a disponibilidade à autoformação é
o que permite ao catequista fazer seu próprio método formativo e a saber como
aplicá-lo a si mesmo e ao seu serviço eclesial. De modo concreto, trata-se de
ser entendido como sujeito sempre em formação e aberto às novidades do
Espírito, de saber cuidar e alimentar sua própria vida de fé, de acolher o
grupo dos catequistas como fonte de aprendizagem, de cuidar em se manter
atualizado.
f. Dinâmica do laboratório74 no contexto de
grupo, como prática formativa na qual a fé se aprende fazendo, isto é, valorizando a experiência vivida, as
contribuições e as reformulações de cada um, tendo em vista um aprendizado
transformador.
4. As dimensões da formação (n. 136-150)
136.
A formação do catequista contém diversas
dimensões. A mais profunda se refere a ser
catequista, antes mesmo de ter o
papel de catequista. A formação
realmente o ajuda a amadurecer como pessoa, como fiel e como apóstolo. Essa
dimensão é hoje também traduzida na capacidade de saber ser com, o que revela como a identidade pessoal é sempre uma
identidade relacional. Além disso, para que o catequista desempenhe sua
atividade adequadamente, a formação deverá se atentar à dimensão do saber, que implica uma dupla fidelidade:
à mensagem e à pessoa no contexto em que vive. Por fim, sendo a catequese um
ato comunicativo e educativo, a formação não negligenciará a dimensão do saber fazer.
137.
As dimensões da formação dos catequistas não
devem ser consideradas independentes umas das outras, mas sim profundamente
correlacionadas, sendo aspectos da unidade indivisível da pessoa. Para um
crescimento harmonioso da pessoa do catequista, é correto que a atividade formativa
tenha o cuidado de não privilegiar uma dimensão em relação a outra, mas sim de
buscar promover um desenvolvimento equilibrado, intervindo nos aspectos que se
apresentam com mais lacunas.
138.
O compromisso de adquirir essas habilidades,
por outro lado, não deve fazer pensar os catequistas como agentes competentes
em áreas diversas, mas sim, primariamente, como pessoas que fizeram experiência
do amor de Deus e que, por essa razão, se colocam a serviço do anúncio do
Reino. A consciência das próprias limitações não pode desencorajar o catequista
de acolher o chamado ao serviço; antes, a esse chamado se pode responder
confiante na relação viva com o Senhor no desejo de viver a vida cristã com
autenticidade, e generosamente colocando à disposição da comunidade os “cinco
pães e os dois peixes” (Mc 6,38) de seus carisma pessoais. “Devemos procurar
simultaneamente uma melhor formação (...)
A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um
estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a
crescer” (EG, n. 121).
Ser
e saber ser com: maturidade humana, cristã e consciência missionária
139.
Na dimensão do ser, o catequista é
formado para se tornar testemunha da fé
e guardião da memória de Deus. A
formação ajuda o catequista a reconsiderar sua própria ação catequética como
uma oportunidade de crescimento humano e cristão. Tendo como base uma
maturidade humana inicial, o catequista é chamado a crescer constantemente em
um equilíbrio afetivo, senso crítico, unidade e liberdade interior, vivendo
relações que sustentam e enriquecem a fé. “A verdadeira formação alimenta,
sobretudo, a espiritualidade do
próprio catequista, de maneira que a sua ação nasça, na verdade, do testemunho
de sua própria vida” (DGC, n. 239). A formação sustenta, portanto, a
consciência missionária do catequista, mediante a interiorização das exigências
do Reino que Jesus manifestou. O trabalho formativo para o amadurecimento
humano, cristão e missionário, requer um certo acompanhamento ao longo do
tempo, pois intervém no núcleo que fundamenta a ação da pessoa.
140.
A partir desse nível de interioridade brota
o saber ser com, como habilidade
natural necessária à catequese entendida como ato educativo e comunicativo. Na racionalidade,
que é inerente à própria essência da pessoa (Gn 2,18), de fato se enraíza a
comunhão eclesial. A formação dos catequistas tem o cuidado de revelar e fazer
crescer essa capacidade relacional, que se concretiza em uma disponibilidade de
viver relações humanas e eclesiais de modo fraterno e sereno.75
141.
Ao reafirmar o compromisso com o
amadurecimento humano e cristão dos catequistas, a Igreja chama a atenção para
o compromisso de garantir, com determinação, que, no cumprimento de sua missão,
seja garantida a todas as pessoas, especialmente aos menores e às pessoas
vulneráveis, a proteção absoluta contra qualquer forma de abuso. “A fim de que
tais fenômenos, em todas as suas formas, não aconteçam mais, é necessária uma
conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e
eficazes que envolvam a todos na Igreja, de modo que a santidade pessoal e o
empenho moral possam concorrer para fomentar a plena credibilidade do anúncio
evangélico e a eficácia da missão da Igreja” (VeLM, Introdução).76
142.
O catequista, por causa de seu serviço,
desempenha um papel no que diz respeito às pessoas que acompanha na fé e por
elas é percebido como uma pessoa de referência, que exerce uma certa forma de
autoridade. Torna-se necessário, portanto, que esse papel seja vivido no mais
absoluto respeito à consciência e à pessoa do outro, de modo a evitar todo tipo
de abuso, seja ele de poder, de consciência, econômico ou sexual. Os
catequistas, em seus percursos formativos e mediante um diálogo honesto com
seus orientadores espirituais, sejam ajudados a identificar a correta
modalidade de viver sua autoridade unicamente como serviço aos irmãos e irmãs.
Ademais, para não trair a confiança das pessoas a eles confiadas, saibam eles
distinguir entre foro externo e foro interno e aprendam a ter grande
respeito pela liberdade sagrada do outro, sem violá-la ou manipulá-la de algum
modo.
Saber:
formação bíblico-teológica e conhecimento da pessoa humana e do contexto social
143.
O catequista é também um mestre que ensina a fé. Com efeito, o catequista, que faz do
testemunho sua primeira virtude, não esquece que também é responsável pela
transmissão da fé da Igreja. Em sua formação, portanto, há espaço ao
aprofundamento e ao estudo da mensagem a ser transmitida em relação ao contexto
cultural, eclesial e existencial do interlocutor. Será necessário não
subestimar a exigência desse aspecto da formação, que está intimamente ligado
ao desejo de aprofundar o conhecimento daquele que na fé o catequista já
reconheceu como seu Senhor. A assimilação do conteúdo da fé como sabedoria da fé se realiza, antes de
tudo, mediante a familiaridade com a Sagrada Escritura e com o estudo do Catecismo da Igreja Católica, dos
catecismos da Igreja particular e dos documentos magisteriais.
144.
Por essa razão, é necessário que o
catequista conheça:
– as
grandes etapas da história da salvação: o Antigo Testamento, o Novo Testamento
e a história da Igreja, à luz do mistério pascal de Jesus Cristo;
– os
núcleos essenciais da mensagem e da experiência cristã: o Símbolo da Fé, a liturgia
e os sacramentos, a vida moral e a oração;
– os
principais elementos do Magistério eclesial dizem respeito ao anúncio do
Evangelho e à catequese.
Além disso, em algumas partes do mundo, nas quais
vivem juntos católicos de diferentes tradições eclesiais, os catequistas tenham
um conhecimento geral da teologia, da liturgia e da disciplina sacramental de
seus irmãos. Por fim, em contextos ecumênicos e nos de pluralismo religioso,
haja o cuidado de que os catequistas conheçam os elementos essenciais da vida e
da teologia das outras Igrejas e comunidades cristãs, como também das outras
religiões, de modo que, respeitando a identidade de cada um, o diálogo seja
autêntico e frutuoso.
145. Na
apresentação da mensagem, é necessário ainda estar atentos ao modo de como
fazer isso, para que possa ser ativamente acolhida e recebida. Portanto, é
necessário conciliar:
a. o caráter sintético e querigmático, de
modo que os diversos elementos de fé sejam apresentados em uma visão unitária e
orgânica, e capaz de fazer apelo à experiência humana;
b. a qualidade narrativa da narração bíblica,
que “implica sempre abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de
modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas (...) para que cada fiel
reconheça que a sua vida pessoal pertence também àquela história” (VD, n. 74).
c. um estilo de catequese nos conteúdos teológicos,
que leva em consideração as condições de vida das pessoas;
d. um conhecimento de tipo apologético, que
mostra que a fé não se opõe à razão e evidencia as verdades de uma correta
antropologia, iluminada pela razão natural; destaca-se o papel dos preambula fidei por “desenvolver um novo
discurso sobre a credibilidade, uma apologética original que ajude a criar as
predisposições para que o Evangelho seja escutado por todos” (EG, n. 132).77
146.
Junto com a fidelidade à mensagem de fé, o
catequista é chamado a conhecer a pessoa concreta e o contexto sociocultural em
que vive. Como todos os cristãos, ainda mais os catequistas “vivam em íntima
união com os homens de sua época e procurem perceber perfeitamente seu modo de
pensar e sentir, que se expressa por sua cultura” (GS, n. 62). Essa consciência
é alcançada por meio da experiência e do retorno reflexivo a ela, mas também
graças à valiosa contribuição das ciências humanas, à luz dos princípios da
Doutrina Social da Igreja. Entre elas, deve-se adequadamente considerar a
psicologia, a sociologia, a pedagogia, as ciências da educação, da formação e
da comunicação. A Igreja se sente convidada a se relacionar com essas ciências
pela valiosa contribuição que podem dar tanto à formação dos catequistas quanto
à própria ação catequética. Teologia e ciências humanas, de fato, podem se
enriquecer reciprocamente.
147.
Alguns critérios orientam o uso das ciências
humanas na formação de catequistas (DGC, n. 243):
– o
respeito à autonomia das ciências: a
Igreja “afirma a legítima autonomia da cultura humana e sobretudo das ciências”
(GS, n. 59);
– o
discernimento e a avaliação de diferentes teorias
psicológicas, sociológicas e pedagógicas para delas apreciar o valor e
reconhecer os limites;
– as
contribuições das ciências humanas são assumidas sob a perspectiva da fé e com base na antropologia cristã.
Saber
fazer: formação pedagógica e metodológica
148.
Na dimensão do saber fazer, o catequista se forma para crescer como educador e comunicador. “O catequista é um educador que facilita o
amadurecimento da fé que o catecúmeno ou o catequizando realizam com a ajuda do
Espírito Santo. A primeira realidade que é necessário levar em consideração,
neste decisivo setor da formação, é a de respeitar a pedagogia original da fé”
(DGC, n. 244). O catequista, reconhecendo que seu interlocutor é um sujeito
ativo no qual a graça de Deus opera dinamicamente, apresentar-se-á como um
facilitador respeitoso de uma experiência de fé da qual ele não é o protagonista.
149.
A formação pedagógica do catequista tende a
amadurecer nele algumas aptidões, incluindo:
a. a capacidade de liberdade interior e
gratuidade, de dedicação e coerência
para poder ser testemunho crível da fé;
b. a competência na comunicação e narrativa da fé
como habilidade de apresentar a história da salvação de maneira vital, para que
as pessoas possam se sentir parte dela;
c. o amadurecimento de uma mentalidade
educacional, o que implica a disponibilidade de construir relações maduras
com as pessoas e a capacidade de orientar as dinâmicas de grupo, incentivando a
ativação de processos de aprendizagem individuais e comunitários;
d. a gestão serena das relações educacionais em
sua qualidade afetiva, sintonizando-se com o mundo interior do outro e
dispondo-se de modo que possam expressar as próprias emoções;
e. a capacidade de elaborar um itinerário de fé
que consiste em considerar as circunstâncias socioculturais; elaborar um plano
de ação realista; utilizar criativamente linguagens, técnicas e ferramentas;
realizar a avaliação.
O processo educativo, lugar precioso de crescimento e
diálogo, no qual também se faz a experiência de erros e limitações, requer
paciência e dedicação. É bom amadurecer a disponibilidade de deixar-se educar
enquanto se educa; de fato, a experiência em si é um laboratório de treinamento
no qual a aprendizagem é mais profunda.
150. Enquanto
educador, o catequista também terá a função de mediar o pertencimento à
comunidade e de viver o serviço da catequese com um estilo de comunhão. De fato, o catequista realizar esse processo
educativo não individualmente, mas em conjunto com a comunidade e em seu nome.
Por isso, sabe trabalhar em comunhão, buscando a relação com o grupo de
catequistas e com outros agentes pastorais. Além disso, é chamado a cuidar da
qualidade das relações e a animar as dinâmicas do grupo de catequese.
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