TRABALHO - 8ª. Aula 19.10 - Lugar da catequese: sintonia liturgia e catequese - Prazo de envio 19 horas do dia 26.10.2020
8ª. Aula 19.10
- Lugar da catequese: sintonia liturgia e catequese
TEXTO 1
(Pontifício Conselho para a Promoção
da Nova Evangelização, Diretório para a Catequese. Brasília: Edições CNBB,
2020, nn. 95-98)
A liturgia é uma das
fontes essenciais e indispensáveis da catequese da Igreja, não só porque a
partir da liturgia a catequese pode colher conteúdos, linguagens, gestos e
palavras da fé, mas sobretudo porque elas se pertencem mutuamente no próprio
ato de crer. A liturgia e a catequese, compreendidas à luz da Tradição da
Igreja, embora cada uma tenha sua especificidade, não devem ser justapostas,
mas devem ser compreendidas no contexto da vida cristã e eclesial e ambas são
orientadas a viver a experiência do amor de Deus. O antigo princípio lex credenti lex orandi recorda, de
fato, que a liturgia é um elemento constitutivo da Tradição.
A liturgia é “o
lugar privilegiado da catequese do povo de Deus” (CIgC, n. 1074). Isso não deve
ser entendido no sentido de que a liturgia deve perder seu caráter celebrativo
e ser transformada em catequese ou que a catequese seja supérflua. Embora seja
correto que as duas mantenham sua especificidade, deve-se reconhecer que a
liturgia é o ápice e a fonte da vida cristã. A catequese, de fato, tem
fundamento a partir de um primeiro encontro efetivo do catequizando com a
comunidade que celebra o mistério, e isso equivale a dizer que a catequese tem
plena realização quando ele participa da vida litúrgica da comunidade.
Portanto, não é possível pensar na catequese apenas como preparação para os
sacramentos, mas ela se compreende em relação à experiência litúrgica. “A
catequese está intrinsecamente ligada a toda ação litúrgica e sacramental, pois
é nos Sacramentos, sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude
na transformação dos homens” (CT, n. 23). Portanto, a liturgia e a catequese
são inseparáveis e se alimentam mutuamente.
O caminho formativo
do cristão, como é atestado nas Catequeses
mistagógicas dos Padres da Igreja, teve sempre um caráter experiencial, mas
não negligenciando a inteligência da fé. O encontro vivo e persuasivo com
Cristo anunciado por testemunhas autênticas era determinante. Portanto, aquele
que introduz aos mistérios é, antes de tudo, uma testemunha. Esse encontro tem
sua fonte e seu ápice na celebração da Eucaristia e se aprofunda na catequese.
A exigência de um
itinerário mistagógico tem por base essa estrutura fundamental da experiência
cristã, da qual emergem três elementos essenciais (SCa, n. 64):
a. a
interpretação dos ritos à luz dos eventos salvíficos, em conformidade com a
Tradição da Igreja, relendo os mistérios da vida de Jesus, particularmente seu
mistério pascal, em relação a todo o percurso veterotestamentário;
b. a
introdução ao sentido dos sinais litúrgicos, de modo que a catequese
mistagógica desperte e eduque a sensibilidade dos fiéis à linguagem dos sinais
e dos gestos que, unidos à palavra, constituem o rito;
c. a
apresentação do significado dos ritos para a vida cristã em todas as suas dimensões,
para evidenciar o elo entre a liturgia e a responsabilidade missionária dos
fiéis, além de fazer crescer a consciência de que a existência dos fiéis é
gradualmente transformada pelos mistérios celebrados.
A dimensão mistagógica da catequese não se reduz,
porém, ao aprofundamento da iniciação cristã após ter recebido os sacramentos, mas envolve também sua inserção
na liturgia dominical e nas festas do ano litúrgico com as quais a Igreja já
nutre os catecúmenos e as crianças batizadas bem antes de poderem receber a
Eucaristia ou antes que tenham acesso a uma catequese orgânica e estruturada.
TEXTO 2
(CNBB/Regional
Sul 2, Animação Bíblico-Catequética, Catequese e Liturgia:
aprender-viver-celebrar. Coleção catequizar Sempre! 22. pp.19-23)
1. A LITURGIA, FONTE DA CATEQUESE
O
DNC nos números 115-122 nos apresenta a “liturgia como fonte da catequese”.
Vamos percorrer esses números e refletir sobre a importância desses dois
pilares da nossa fé.
Esses
trechos do DNC nos permitem vislumbrar a importância do rito na vida do ser humano.
É pelo rito que expressamos o sentido da vida, por isso “aderir ao rito
significa abrir-se ao sentido proposto por aquele grupo e, portanto, assumir
sua identidade, fazer parte dela” (DNC 116). Isto porque o ser humano é “por
natureza, ritual e simbólico”. Por isso, nossa catequese é desafiada a
trabalhar com os símbolos, explicas os ritos litúrgico, educar os catequizandos
para a celebração.
Não
podemos esquecer que a liturgia nos ajuda a perceber que Deus se revela por
meio de sinais e que entrarmos em contato com ele precisamos acolher estes
sinais, compreender e mensagem que eles revelam. Por isso é tão importante uma
catequese bem feita, bem preparada, bem celebrada, que direcione os
catequizandos para o sentido da celebração e que os ajude a perceber que é o
próprio Deus que deseja encontrar-se com cada um deles.
Algumas
ideias que podem ajudar nosso estudo:
1. Catequese
e liturgia formam as faces de um mesmo mistério. E que mistério é esse?
“Catequese e Liturgia são duas dimensões que se completam e se referem
igualmente ao Mistério Pascal de Jesus Cristo” (Paiva, 2014, p40).
2. Não
podemos reduzir a Catequese à liturgia e nem a liturgia à Catequese, pois cada
dimensão tem finalidade e características e uma é chamada a encaminhar para a
outra.
3. Na
História da Igreja o itinerário Cristã vivido pelas primeiras comunidades
cristãs foi um processo em que a Catequese e Liturgia caminharam juntas, É
preciso resgatar, em nossas comunidades paroquiais, uma metodologia que permita
novamente aproximar à Catequese o aspecto celebrativo tão forte no tempo
Catecumenato, mas que hoje parece esquecido.
4. Aspectos
importantes, como a referência ao ano litúrgico, a centralidade do Mistério
Pascal e o sentido dos sacramentos para a vida, precisam ser resgatados para que
a Catequese não seja uma mera repetição vazia de sentido e de vida.
5. Recuperar
a dimensão mistagógica da Catequese. Ou seja, conscientizar os catequistas de
que eles são chamados a serem mistagogos, pois “ou catequista conduzirá seu
catequizando para dentro o mistério ou simplesmente o ensinará a repetir
fórmulas e orações, mas não a orar verdadeiramente” (Paiva, 2008, p, 41)
6. Dois
desafios urgentes para a Catequese: conhecer e saber integrar a religiosidade
popular; e aprofundar o conhecimento litúrgico de nossos catequistas para que
iniciem os catequizandos com entusiasmo e maior entendimento.
2. A Liturgia na Catequese e a Catequese Litúrgica
A Liturgia, embora não seja Catequese, tem
caráter catequético, nela encontramos grande ensinamento aos fiéis, porque Deus
fala a seu povo, Cristo anuncia o Evangelho e o povo responde com cantos e
orações (cf SC 33). O Concílio Vaticano II apresenta a Liturgia como catequese
permanente da Igreja e fonte da catequese. Por sua riqueza de expressões e
palavras, a liturgia é “uma Catequese viva”, nas palavras do Papa Emérito Bento
XVI, ou uma “Catequese em ação”, contribuindo para formação da fé do cristão
que dela participa (DCG 25; CT 23).
Somos desafiados a tornar nossa
Catequese litúrgica. Mas, como entender uma Catequese
Litúrgica?
Primeiramente, precisamos nos
lembrar de que a catequese é sempre iniciação (teórica e prática) em todas as
dimensões da vida da Igreja: comunitária e participativa ( que leva ao
exercício dos ministérios na comunidade de fé), missionária (por meio de alguma
ação evangelizadora) catequética (processo de aprofundamento até o fim da
vida), ecumênica e do diálogo religioso (levando em a respeitar outras crenças
cristãs ou não) sociotransformadora ( por meio de ações concretas nas diferentes
realidade como a família, a vida social, as ciências as artes, a política, ...)
e também litúrgica-celebrativa.
Para entendermos a expressão
catequese litúrgica devemos, também nos lembrar de que é função da catequese
introduzir os catequizandos na vida litúrgica, ajudado –os a compreender e a
viver a liturgia como celebração da obra da salvação de Deus pelo Ministério
Pascal de Cristo. Como fazer isso? Levando os catequizandos a compreender o
que, como e porque celebramos – o que é Páscoa, qual o fato valorizado que é
celebrado, isto é, a Pascoa de Cristo com todo seu significado para a
humanidade -, e a compreender a linguagem simbólica ritual. Tudo deve levar a
compreensão e favorecer a pratica de uma participação ativa, consciente,
frutuosa e plena da Sagrada Liturgia.
Olhemos, agora a dimensão
litúrgica-celebrativa da catequese. Como já afirmamos, compete à Catequese
introduzir os catequizandos na vida litúrgica sacramental ou não sacramental, e
a dimensão celebrativa deve estar presente em toda a ação catequética. Por sua
própria dinâmica, a fé exige ser conhecida, celebrada, vivida, e traduzida em
oração. Uma catequese litúrgica expõe o conteúdo das orações e o sentido dos
gestos e dos sinais, educa para a contemplação e o silêncio, recorre às formulas
litúrgicas, ricas de conteúdos doutrinal que expressam o Mistério celebrado
(DNC 121) leva aos Sacramentos e ajuda a vivenciá-los, constituindo em uma
experiência profunda do mistério cristão.
O DNC (121) nos apresenta uma
definição: “a catequese litúrgica é um processo que visa enraizar uma união
madura, consciente e responsável com Cristo, sobretudo através das celebrações
e leva ao compromisso com o serviço da evangelização nas diversas realidades da
vida”. O desafio é grande, porém não impossível de ser encarado!
O conteúdo é maravilhoso dando_nos condições de conduzir nossos catequizandos a uma vida de verdadeiros cristãos, buscando a amar Jesus cada vez mais na liturgia.
ResponderExcluirO conteúdo e maravilhoso dando condições de levar esse aprendizado para nossos catequizandos buscando cada vez mais conhecimento como ser cristão de verdade mostrar aos catequizandos que catequese e liturgia tem que andar juntos só assim vamos levar o amor de Jesus e ser verdadeiro cristãos
ExcluirNa catequese ensinamos ensinar que o catequisando catecumenal batizado ou não é parte da igreja, devendo continuar a praticar junto com a familia e com a comunidade as práticas cristãs tso necesdarias para a vida cotidiana
Excluir"Liturgia e Catequese"
ResponderExcluirTudo o que tenho aprendido até agora, e mais com esta Escola, a Liturgia é para mim o ar que respiro.
Se não participo nas celebrações, não será possível ser feliz!
Tenho sempre uma preocupação, atuo, ajudo na catequese, e não vejo resultado positivo de participação dos catequizandos e suas famílias, nas celebrações dominicais.Isso dói muito, parece que nossa missão , não tem valor.A Liturgia e Catequese , devem caminhar sempre de mãos dadas, senão, a a presença de Jesus Cristo, onde fica?Quem não valoriza, não sente a necessidade Dele, em sua vida, Não valorizando a Santa Missa. Estar com Ele, viver com Ele, é nossa missão !Oro sempre para que nossas famílias sintam esse amor, dedique_ se e perseverem, indo ao encontro de Jesus Ressuscitado.